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Archive for janeiro \31\-03:00 2008

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Só a prevalência de uma anacrônica mentalidade nacionalista, indefensável nos tempos de globalização econômica, pode explicar a tentativa de um grupo dentro do governo de impedir a Vale de adquirir a mineradora anglo-suíça Xstrata, numa operação de valor estimado entre US$ 80 bilhões e US$ 90 bilhões. Esse nacionalismo ultrapassado pode até explicar,mas está longe de justificar a atitude do governo.

fonte:O ESTADO DE SÃO PAULO

leu leutraix

São frágeis, para não dizer insustentáveis, os argumentos que membros do governo invocam para barrar o negócio. A compra da Xstrata, se concretizada nos termos em que foi anunciada, não afetará em nada a participação, direta ou indireta, da União no capital votante da Vale – que se manteve depois da privatização da empresa. Alega-se que poderia ocorrer o que aconteceu na fusão da AmBev com a empresa belga Interbrew, da qual resultou a InBev, cujo comando ficou no exterior. A compra da Xstrata pela Vale não ameaçaria o controle, pelo Brasil, das decisões da empresa. E, se a mudança da sede da empresa vier a ser discutida, ela só se concretizará com a concordância do governo.

Como participante direto ou indireto no capital da Vale – por meio do Tesouro Nacional, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e dos fundos de pensão dos empregados de empresas públicas -, o governo teve oportunidade de manifestar sua oposição ao negócio na reunião do Conselho de Administração da empresa em que a operação foi discutida. Se o fez, não conseguiu a maioria dos votos, pois o Conselho de Administração autorizou a diretoria da empresa a negociar a compra da mineradora anglo-suíça, como informou Lázaro Brandão, presidente do Conselho de Administração do Bradesco, que tem participação na Vale.

A compra da Xstrata garantiria à Vale a liderança no ranking mundial das mineradoras. Hoje, a Vale tem valor de mercado estimado em US$ 130 bilhões, abaixo apenas da BHP Billiton, avaliada em cerca de US$ 170 bilhões. A Xstrata tem pouco mais da metade do valor de mercado da Vale.

A presença da empresa anglo-suíça é quase nula no Brasil, mas ela atua em 18 países, o que ajudaria a consolidar a estratégia de internacionalização da Vale. Com a compra, a Vale diversificaria ainda mais sua atuação. A diversificação começou com a compra da canadense Inco, então a segunda maior produtora mundial de níquel. Na Xstrata, a participação do minério de ferro é irrelevante. No ano passado, a empresa obteve 40% de sua receita com vendas de cobre, 22% com níquel, 17% com zinco e 12% com carvão. Ela é considerada a última mineradora de grande porte à venda.

Segundo se informa, parte do valor da compra deverá ser quitada pela Vale com a emissão de ações preferenciais. Pela legislação, a empresa poderá emitir até 3,5 bilhões dessas ações (atualmente, dos 4,8 bilhões de ações da Vale, 2,9 bilhões, ou 60,9%, são ordinárias, com direito a voto, e 1,9 bilhão, ou 39,1%, preferenciais, sem direito a voto). Se essa emissão for feita, haverá uma diluição da participação do governo no capital total, mas sua participação no capital votante será preservada, pois não haverá emissão de ações ordinárias.

Se entender que há mesmo a possibilidade de mudança do centro de decisões da Vale para fora do País, o governo pode utilizar os privilégios assegurados pela golden share, uma ação preferencial de classe especial. A golden share lhe assegura direitos de que nenhum outro acionista dispõe. Com ela o governo pode vetar a mudança da denominação social da Vale, a mudança da sede social, a mudança do objetivo social relativamente à exploração de jazidas minerais e a liquidação da empresa, entre outras propostas que vierem a ser discutidas pelo Conselho de Administração.

Mas a posse da golden share não lhe dá o poder de vetar a compra da Xstrata. Sua intervenção nessas discussões se dá por meio de pressões políticas, o que assusta os investidores. Essa intervenção mostra a incompreensão de certos setores do governo da realidade do mundo dos negócios em escala mundial – que a Vale, depois de privatizada, mostrou entender muito bem.

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enquanto permanecer o patrimonialismo e o gigantismo estatal teremos que trabalhar apenas para pagar as mordomias desses desgraçados, vagabundos e ladrões. 

O sujeito no Brasil nasce para ser infeliz a vida inteira porque tem que alimentar essa corja agarrada nas tetas do Estado.

Além dos burocratas profissionais é obrigado a alimentar também banqueiros e empresários vagabundos que não podem prescindir do Estado. É por isso que apóiam qualquer governo.  

Com Lula no poder esta situação está chegando a um perigoso limite, dada a ânsia de poder pelos petralhas. Eles dependem exclusivamente do aumento do Estado e, para isso, têm de extorquir a população via aumento dos preços da gasolina, da energia elétrica e de todos os impostos possíveis e taxas possíveis.

 Defender empresas estatais é a maior insanidade que pode haver na face da terra.  Veja-se este exemplo da gasolina. País onde impera a idiotia o Estado é gigantesco e as coisas ficam piores. Se a massa é carnavalesca, pior ainda. A única esperança que resta é que essa crise internacional prospere e arrase com esses países tipo Brasil e toda a horda de botocudos cucarachas.  

A partir daí, quem sabe, quem sabe, essa manada de idiotas é capaz de acordar.
Escrito por Aluizio Amorim

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por Maria Lucia Victor Barbosa

Sempre foi evidente a admiração de Lula da Silva por Hugo Chávez, chamado por nosso presidente de “centro avante matador” e apontado como exemplo de democrata. E se por um lado Lula recebe amavelmente o presidente Bush para churrasco na Granja do Torto, por outro nunca deixou de fazer coro com Chávez contra os Estados Unidos, sobretudo quando de suas idas à Venezuela, como da vez em que esteve naquele país para ajudar o companheiro da boina vermelha em uma de suas intermináveis reeleições.

Chávez dominou o Congresso onde tem maioria. Lula da Silva fez o mesmo sob inspiração do seu então “capitão do time”, José Dirceu, que introduziu o método mensalão como maneira infalível de obter a maioria na Câmara. E se já havia corrupção desde os primórdios de nossa história, nunca antes nesse país comportamentos corruptos foram tão evidentes.

Hugo Chávez dominou o Judiciário. Lula, menos eficiente que o companheiro, também tem submetido à sua vontade o cumprimento da Lei. É estranho, por exemplo, que os assassinatos dos prefeitos Toninho do PT e de Celso Daniel não tenham sido desvendados, e que Bruno Daniel e sua família tenham pedido exílio político na França. Estaremos mesmo numa democracia?

Chávez desenvolveu de modo avantajado o culto de sua personalidade. Duda Mendonça criou personagem, imagem e mito para o petista de forma a fazer inveja a Hitler. E se os meios de comunicação ajudam admiravelmente ou atrapalham a propaganda, Hugo Chávez extinguiu os que não lhe interessavam e criou sua própria TV. Lula tentou no primeiro mandato cercear a liberdade de imprensa e agora terá sua TV, eufemisticamente chamada de TV Pública.

Com o correr do tempo, inevitavelmente, a amizade entre os dois egos descomunais foi se transformando em rivalidade, em que pese a fachada de encantamento recíproco. Afinal, os dois querem ser os reis ou sheiks da América Latina, mas, conforme se sabe, só pode haver um.

A questão é que se tanto um como o outro possui o mesmo apelo populista e a retórica fácil dos falastrões, o ditador de fato da Venezuela tem sido mais ágil, mais esperto, mais arrojado e mais criativo em seus intentos expansionistas.

Chávez tem adeptos fiéis em países latino-americanos, com destaque para Evo Morales, e sabe dominar com seus petrodólares por dentro de cada nação. No próprio Brasil compra escola de samba, implanta círculos bolivarianos, leva brasileiros pobres para fazer operação de catarata na Venezuela.

Acrescente-se que, enquanto o Brasil está com suas Forças Armadas sucateadas, o coronel venezuelano organizou o maior exército da América Latina e se aproximou do Irã por conta dos seus delírios de destruição atômica dos Estados Unidos. Ele conta também com o apoio de grupos paramilitares como as Farc, o MST e, provavelmente, o Sendero Luminoso.

Cresce, pois, a figura sinistra do ditador venezuelano à sombra do nebuloso socialismo do século XXI, rótulo que camufla sua ânsia de perpetuar-se no poder, sempre cultivando os três males que corroem a América Latina e a impedem de se desenvolver: o estatismo, o nacionalismo xenófobo e o populismo.

Porém, nada dura para sempre e Chávez começa a ter revezes. Levou um “no” da maioria dos venezuelanos quando do último plebiscito em que lançaria de vez os meios de não mais deixar o poder. Lula levou seu “não” em pesquisa do Ibope: 65% dos brasileiros não querem o 3º mandato. Mas Lula, que tem sorte, nunca levou um “porque não te calas”, real. Todavia, não faz mais o mesmo sucesso em países europeus.

Chávez, espertamente, armou um palco internacional e negociou com seus comparsas das Farc a libertação de duas reféns. Convidou o Brasil e lá se foi Marco Aurélio Garcia com seu chapéu de panamá, como se fosse o personagem do filme O Canibal. Fracassam as negociações com os sanguinários narcotraficantes. Chávez as retomou, mas sem Marco Aurélio. O intento era claro, desmoralizar Uribe, presidente colombiano. Nesse sentido o ditador pediu que se mudasse a denominação dos celerados guerrilheiros de terroristas para insurgentes, Afinal, coitadinhos, eles só seqüestram, torturam e matam seus prisioneiros, tudo, é claro, em nome do povo. Lula nunca aceitou a denominação de terroristas para os companheiros do Fórum de São Paulo. E não se fez de rogado para visitar na cadeia os seqüestadores de Abílio Diniz, apesar de dizer agora que abomina seqüestros.

Chávez é o sucessor de Castro na América Latina e apareceu em fotos com Fidel Castro quando o ditador cubano estava hospitalizado. No momento, quando a inflação avança, a economia mundial balança, a febre amarela mata mais do que em todo 2007, paira a ameaça de aumento de impostos e do apagão elétrico, pano rápido. Lá se vai Lula da Silva para mais uma viagem: Gautemala, destino Cuba, onde ganhou, como Chávez, seu momento de glória junto ao ditador. Pelo resplendor do rosto do presidente, não se sabe se ele se ajoelhou diante de Castro ou do “paredón” manchado de sangue dos dissidentes cubanos, para entregar ao ídolo 1 bi de dólares, fruto dos suados impostos pagos pelos brasileiros. Será que tal quantia ajudará, pelo menos, a fornecer papel higiênico para o cubanos que não conseguem fugir para os Estados Unidos?

Se aonde Chávez vai, Lula vai atrás, é bom que reflitamos onde queremos que o Brasil chegue.

Maria Lucia Victor Barbosa é socióloga.

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Há muito tempo que denunciO aqui no blog a condescendência da grande mídia com aquilo que é respeitante aos atos do governo petralha.  

Vocês podem ter notado que tenho reproduzido alguns editoriais como este que segue após este prólogo e que está na Folha de São Paulo desta quinta-feira, para assinalar que só nos últimos tempos os jornais decidiram, finalmente, tomar uma posição e denunciar à opinião pública o fisiologismo do governo Lula e trambiques correlatos.

 E parece até que o editorialista da Folha anda dando uma espiada aqui no blog. Mais abaixo reproduzo a matéria de Veja com um comentário aludindo ao fato de que Lobão, totalmente analfabeto em questões de energia, chegou a confessar, logo após sua indicação para o cargo, que havia começado a ler sobre o assunto. O post é de sábado passado.  Embora com certo atraso a Folha de hoje, ainda que pegando leve com relação a todo esse fisiologismo abjeto exercido numa área crítica da administração federal, pratica o bom jornalismo, dizendo o que tem de ser dito. Está certa a direção da Folha. Chega de fazer festa em torno dessa história ridícula de “presidente operário”. Falta apenas a essa importante empresa jornalística meter no olho da rua os jornalistas chapeuzinhos vermelhos que infestam a sua redação.  Aqui no blog não tem meias palavras. É fogo nos botocudos! Eis o editorial:  Dificilmente alguém terá ascendido ao cargo de ministro de Estado numa situação de tão precário prestígio quanto o senador Edison Lobão, do PMDB maranhense. Ainda que não seja do feitio desta Folha incorrer em prejulgamentos de natureza pessoal, é patente que faltam ao indicado para o Ministério de Minas e Energia qualificações técnicas para o cargo. Falar em “qualificações técnicas” soa até como eufemismo, diante do que o próprio Lobão já admitiu. “Estou me informando”, disse placidamente o político peemedebista, “sobre energia elétrica, sobre hidrelétrica, sobre gás, sobre petróleo.” Muitas noites em claro seriam necessárias, entretanto, para completar as leituras que pudessem habilitá-lo a tomar decisões em área tão vital; e não há garantias de que um apagão não as interrompa antes do tempo. Enquanto setores técnicos do governo divergem sobre os riscos de falta de energia, Lobão cuida de abrigar-se de uma excessiva exposição aos calores do debate. “Nem sequer pus o pé na soleira do ministério e já estão me debitando coisas que possam acontecer no futuro.” Faça chuva ou faça sol, o fato é que “a soleira” das Minas e Energia foi franqueada sem cerimônias nem rodeios. Um observador afeito a jogos de palavras não deixaria de ver, na entrada de Lobão, mais um sinal de que as edificações da Esplanada dos Ministérios se assemelham mais e mais àquelas cabanas de palha e de madeira construídas pelos porquinhos da historieta, incapazes de resistir à voracidade dos interesses fisiológicos de toda espécie. Se for imprópria a menção a um clássico infantil, cabe recordar a fábula supostamente moralizante que o presidente Lula empenhou-se em contar certa vez. Discutia-se a composição de sua equipe ministerial. “Com saúde e educação não se brinca”: eram tranqüilizadoras as pretensões da assertiva presidencial. Revelaram-se contudo proféticas, no que diz respeito à nomeação nas Minas e Energia. O ministério foi oferecido a Edison Lobão num ato de vassalagem ao PMDB sarneyzista. Da feudalização do Executivo, passa-se, no Senado, a contingências igualmente alheias à lógica política republicana. Reserva-se a Edison Lobão Filho a vaga de Lobão Sênior na Câmara Alta.
Sucessão legítima: ainda que sem trajetória política própria, Edinho, como é chamado, foi eleito -conforme as regras, notoriamente criticáveis, do sistema em vigor.
 Todavia já surgem, e novamente não é o caso de julgá-las antes de uma investigação definitiva, denúncias contra ele. Nem sequer teria apetite pelo cargo, assevera o pai. Cogite-se então do suplente do suplente, Remi Ribeiro -e suas dificuldades com o Tribunal de Contas da União começam a bater às portas do noticiário. 

Coisas do mundo encantado de Brasília. A história prossegue. Cabe acompanhá-la de olhos abertos -mesmo em caso de falta de luz.

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Rodrigo Constantino
“O capitalismo na América Latina ainda é, na melhor das hipóteses, uma luta.” (Alan Greenspan)

O título desse artigo é o mesmo usado por Alan Greenspan em um capítulo de seu livro de memórias, A Era da Turbulência. O ex-presidente do Federal Reserve faz uma análise bastante acurada dos males que assolam a região. Diante da pergunta sobre a causa das crises econômicas freqüentes nas décadas de 1970, 1980 e 1990, Greenspan resume numa resposta simples, afirmando que, “com muito poucas exceções, a América Latina não conseguiu desarmar-se do populismo econômico que, em sentido figurado, desarmou todo um continente em sua competição com o resto do mundo”. Em outras palavras, o capitalismo de livre mercado jamais deu o ar de sua graça por aqui, obstruído pelo eterno populismo.
O século XX não foi bom para a região. Greenspan lembra, com base nas análises do historiador econômico Angus Maddison, que a Argentina começou o século com um PIB per capita real maior que o da Alemanha e equivalente a quase três quartos do americano. No fim do século, o PIB per capita argentino tinha declinado para metade ou menos do da Alemanha e dos Estados Unidos. Como conclui Greenspan, “apenas a África e a Europa Oriental apresentaram desempenho pior”. A América Latina parece estar competindo para ver qual continente fica mais miserável.
Greenspan explica o que entende por populismo: “Sob o populismo econômico, o governo cede às demandas do povo, sem levar muito em conta os direitos individuais ou as realidades econômicas sobre como aumentar ou mesmo apenas sustentar as riquezas do país”. Em outras palavras, “ignoram-se as conseqüências econômicas adversas das políticas públicas, por deliberação ou sem intenção”. Diante de uma série ininterrupta de fracassos, a busca por bodes expiatórios é constante. Os Estados Unidos são o alvo preferido. “Erroneamente”, lamenta Greenspan, “ainda hoje os Estados Unidos são vistos como a principal causa da miséria econômica ao sul de suas fronteiras”. Os povos latinos agem como devedores irresponsáveis, que vivem gastando mais do que ganham, e depois ficam culpando os bancos por sua situação calamitosa. O sucesso dos mais responsáveis e trabalhadores incomoda, e passa a ser acusado pela própria miséria, com a ajuda de uma visão marxista de que o ganho de um deve ser exploração do outro.
Esse populismo é “atitude muito pouco racional”. Para Greenspan, é “mais um grito de dor”. Ele explica: “Os líderes populistas fazem promessas irresistíveis para eliminar ou atenuar situações percebidas como injustas. As panacéias mais comuns são a redistribuição de terras e o indiciamento de uma elite corrupta que, alegadamente, rouba dos pobres; os líderes prometem terra, habitação e comida para todos”. O termo ‘justiça’ é usado de forma abusiva, geralmente na acepção redistributiva, ao lado do termo ‘social’, na maioria das vezes indo contra o conceito objetivo de justiça. Esse populismo é o oposto de liberalismo: “Em todas as suas formas, evidentemente, o populismo econômico se opõe ao capitalismo de livre mercado”. O duro é aturar a esquerda populista insistir que a culpa dos nossos males está justamente no “neoliberalismo”, inexistente na região.
Reverter o quadro não é uma tarefa trivial. O populismo resiste mesmo diante dos mais contundentes fracassos. Greenspan diz: “A melhor evidência de que o populismo é basicamente uma reação emocional, em vez de algo baseado em idéias, é o próprio fato de não recuar, mesmo em face de reiterados fracassos”. O povo latino-americano costuma colocar mesmo as emoções à frente da razão. O populismo é o resultado disso. Greenspan elabora sobre os motivos desse apelo emocional: “O populismo econômico imagina um mundo mais simples e direto, no qual as estruturas teóricas não passam de dispersões em relação às necessidades evidentes e prementes. Seus princípios são simples. Se há desemprego, o governo deve contratar os desempregados. Se o dinheiro está escasso e as taxas de juros, em conseqüência, estão altas, o governo deve impor limites artificiais ou, então, imprimir mais dinheiro. Se as importações estão ameaçando empregos, proíba as importações”. Gustave Le Bon fez um ótimo estudo sobre a psicologia das massas, e uma das características mais básicas é justamente a simplicidade dos conceitos, para poder conquistar pelas emoções os seres mais simples do grupo. Um povo miserável e ignorante é um prato cheio para promessas populistas. O Fórum Social Mundial é a grande prova disso.
Os populistas ignoram as calculadoras: “A visão populista equivale à contabilidade por partidas simples. Registra apenas os créditos, como os benefícios imediatos da redução dos preços da gasolina. Acredito que os economistas devem praticar a contabilidade por partidas dobradas”. O que Greenspan quer dizer é que os populistas desconhecem conceitos como “custo de oportunidade”, e nunca levam em conta “aquilo que não se vê”, como alertava Bastiat. A visão é totalmente míope, e vale apenas o que os olhos enxergam no curtíssimo prazo, sem nenhuma capacidade de compreensão dos nexos causais ao longo do tempo. Medidas populistas hoje acarretam estragos profundos no longo prazo, mas poucos entendem a ligação entre causa e efeito. Além disso, “no longo prazo todos estaremos mortos”, pode alegar um “desenvolvimentista”, ou seja, um populista típico.
Para atrair as massas, o populismo precisa recorrer a uma justificativa moral. Assim, afirma Greenspan, “os líderes populistas devem ser carismáticos e exibir uma aura de tocador de obras e até de competência autoritária”. A lista de líderes compatíveis com essa definição é enorme, com diferentes graus de autoritarismo. Podemos pensar em Hitler, Mussolini, Getúlio Vargas, Stalin, Fidel Castro, Peron, Chávez, Mao, enfim, inúmeras figuras pitorescas, que hipnotizavam as massas com promessas fantásticas enquanto entregavam o caos como resultado. O comum entre esses líderes é aquilo que Greenspan comenta: “A mensagem econômica deles é simples retórica, salpicada de termos e expressões como ‘exploração’, ‘justiça’ e ‘reforma agrária’, sem qualquer menção a ‘PIB’ ou a ‘produtividade’”. Um exemplo recente está em Robert Mugabe, no Zimbábue, que adotou várias medidas populistas e destroçou de vez a nação, que sobrevive atualmente com desemprego enorme e hiperinflação galopante. Chega a ser irônico constatar isso tudo e lembrar da entrevista de Heloísa Helena, então candidata à presidência e ícone do populismo nacional, para Miriam Leitão, onde ela afirmara que inflação não é um fenômeno isolado, e não ocorria num país apenas. A Venezuela, outro palco de intenso populismo do caudilho Chávez, acaba de divulgar o número oficial de inflação de 2007, de 22,5%. Com certeza o número real deve ser ainda maior, já que transparência não é o forte de regimes populistas.
Sobre o presidente Lula, eis o que Greenspan tem a dizer: “Luiz Inácio Lula da Silva, populista brasileiro com grande séquito, foi eleito presidente em 2002. Antecipando-se à sua vitória, o mercado de ações brasileiro caiu, as expectativas de inflação subiram e os tão ambicionados investimentos estrangeiros recuaram. Mas, para surpresa da maioria, inclusive minha, ele manteve em boa parte as políticas sensatas do Plano Real, que Cardoso, seu antecessor, adotara para combater a hiperinflação brasileira de princípios da década de 1990”. Em outras palavras, o grande mérito de Lula foi não ter mexido nas reformas macroeconômicas de FHC. O resto é sorte por ter pego um cenário internacional extremamente benéfico.
Por fim, Greenspan faz um importante alerta sobre os riscos da democracia. Em primeiro lugar, ele lembra que “os verdadeiros democratas apóiam uma forma de governo em que a maioria predomina em todas as questões públicas, mas nunca transgredindo os direitos básicos dos indivíduos”. Nessas sociedades, ele diz, “os direitos das minorias são protegidos contra as maiorias”. Os próprios “founding fathers” dos Estados Unidos temiam os excessos da democracia, e para isso criaram o “Bill of Rights”, limitando o poder do governo. Greesnpan continua: “A democracia é um processo tortuoso e, decerto, nem sempre é a forma de governo mais eficiente”. No entanto, ele concorda com a tirada espirituosa de Winston Churchill: “A democracia é a pior forma de governo, exceto todas as demais que já foram experimentadas de tempos em tempos”.
O governo autoritário “não oferece as necessárias válvulas de segurança que, nas sociedades capitalistas, possibilitam a solução de conflitos de maneira pacífica”. Esse motivo que faz Greenspan optar pela democracia nos remete ao mesmo comentário de Karl Popper, que escolhe a democracia não pela sua suposta superioridade nas decisões, mas pela capacidade de resolver problemas sem derramamento de sangue. No entanto, é crucial lembrar que a democracia é um meio, não um fim, que seria a preservação das liberdades individuais. E o populismo ignora justamente isso, pregando uma democracia fajuta que não leva em conta os direitos individuais, degenerando em tirania, como vemos na Venezuela dos “plebiscitos”.
É uma pena que Greenspan, de longe, consiga fazer um diagnóstico tão acertado dos problemas da América Latina, enquanto tantos economistas próximos insistem nas “soluções milagrosas” do populismo. Quem tiver mais interesse no tema, sugiro a leitura do excelente livro de Alvaro Vargas Llosa, Liberty for Latin America, onde ele explica em detalhes o populismo na região.leu leutraix

 

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No fundo do mar
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As luzes do amanhecer iluminavam debilmente o contorno das coisas. Vários homens, em fila indiana, acercaram-se rapidamente da praia, e buscaram refúgio entre as rochas. Um solitário avião alemão de reconhecimento passou nesse instante sobre o local. Os homens se imobilizaram, colados às parede das rochas. Segundos depois, o avião inimigo perdeu-se nas distância. Então, o grupo retomou as marcha. Agachados, todos se acercaram alguns metros mais da franja das ondas, fracas naquele ponto. Uma ordem partiu do que encabeçava o grupo. Pararam todos, e febrilmente começaram a abrir as sacolas que levavam. Num instante o chão de areia fina se cobriu de trajes de borracha e grandes escafandros. Uma nova ordem e os equipamentos foram colocados em fila. O comandante do grupo passou rapidamente e inspecionou cada elemento. Em seguida, com um gesto, ordenou a continuação da operação. Os homens começaram a vestir as roupas. Depois, auxiliados por um novo grupo que havia aparecido silenciosamente, ajustaram os escafandros. Compridos tubos de borracha foram arrastados até as pedras e atarrachados a bombas de ar, que permaneciam ocultas. Dois minutos depois, a equipe de mergulhadores estava pronta para descer às profundezas. Um a um, os homens foram submergindo. Em seguida, os que cuidavam das bombas cobriram com areia, os tubos que penetravam na água, e se esconderam apressadamente. A operação começara. A partir deste instante, a 10 ou 20 metros de profundidade, os mergulhadores ficaram entregues a sua sorte. Sua missão: extrair dos barcos afundados tudo que pudesse ainda ser de utilidade na defesa de Sebastopol. Ali, nas profundezas, havia granadas, bombas, peças de máquinas, medicamentos e armas. Tudo era útil. Tudo podia servir aos defensores. Mas também existia ali outra coisa que apavorava os mergulhadores. Algo que provocava reações tais que tornavam terrível o mergulho. Ali, em baixo, havia cadáveres. Cadáveres de homens e mulheres. E cadáveres de crianças. Centenas de homens, mulheres e crianças que pereceram ao afundar-se seus barcos sob o impacto das bombas alemães. E aquele cadáveres deviam ser apartados para os mergulhadores entrarem no interior dos barcos. E muitos deles, ao serem abertas as portinholas, saíam flutuando ao encontro dos vivos…

O espetáculo, horrendo, era temido pelos russos. Os mergulhadores russos, experientes e veteranos de cem campanhas, sofriam diante da idéia de flutuar num mundo silencioso e povoado de cadáveres. Porém, além dessa recusa instintiva, impunha-se a férrea decisão de resistir e salvar a sua cidade. E sem vacilar mergulhavam uma, outra, várias vezes.

Ao sair à superfície, nos momentos de calma em que a aviação alemã não sobrevoava a zona, os mergulhadores traziam caixões de granadas, peças de máquinas, e medicamentos principalmente. As granadas, sem perder um segundo, eram transportadas à linha de frente. Os medicamentos, bandagens especialmente, eram estendidas ao sol para secar e ficarem em condições de uso novamente. Os terríveis mergulhos se repetiram dia após dia, enquanto os russos mantiveram a cidade em suas mãos. Animados por uma fé inquebrantável, os mergulhadores desceram centenas de vezes. E milhares de granadas foram salvas e usadas contra o invasor.

CANHÃO DORA
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Dora

Os homens avançaram em silêncio, o máximo que puderam. Eram comandado por um jovem capitão. Um sargento que os acompanhava, veterano de cem campanhas, perscrutando a obscuridade com seu olhar penetrante…

– Atenção, companheiros, ali há um movimento estranho…- sussurrou debilmente.

O capitão, distribuindo rapidamente seus homens, protegeu-se, por sua vez, no buraco de uma granada. A patrulha tinha uma missão especial. À retaguarda haviam chegado informações pouco tranqüilizadoras. Informações que falavam de um canhão. Mas não de um canhão simples, como todos. Tampouco um canhão que superava em alguns centímetros os que já eram conhecidos. As informações falavam de um monstro. Efetivamente, assim havia qualificado o chefe do grupo encarregado da vigilância do depósito de munições russas de Sewernaja.LEU LEUTRAIX

O capitão russo, no seu refúgio, meditava. Evidentemente aquela missão não tinha sentido… Para que preocupar-se com um canhão mais, um canhão menos, qualquer que fosse o seu calibre… O depósito de munições estava numa caverna, aberta na rocha viva, a 30 metros de profundidade… Nenhum canhão podia alcançá-lo, era impossível…

Repentinamente um violento resplendor iluminou todo o local. Os homens colaram-se ao solo instintivamente. Uma fração de segundo depois chegou o ruído. Foi um troar que aumentou sua intensidade até converter-se numa detonação, estarrecedora.

A terra estremecia sem cessar, sacudida pelos canhonaços. Violentos relâmpagos rasgavam o espaço. O silvo dos seus projéteis fendia o ar. Um furacão de fogo e aço desencadeou-se contra as posições russas.

Os homens da patrulha começaram a retroceder. Penosamente se arrastaram até suas posições. Faltavam apenas algumas centenas de metros, quando uma detonação, única, incrível, horrenda, partiu das linhas alemães. O Dora havia disparado pela primeira vez.

O famoso Dora, de 80 cm, havia sido projetado, estudado e fabricado para demolir as defesas da Linha Maginot, na França. Contudo, o desenrolar das operações tornou desnecessária a sua utilização. Era, sem dúvida, uma maravilha de técnica de artilharia. Seu comprimento total atingia 30 metros, e seu suporte tinha a altura de uma casa de dois andares. O transporte do Dora e seu equipamento havia requerido a utilização de 60 vagões ferroviários. Duas seções de artilharia antiaérea vigiavam e defendiam o Dora dos ataques da aviação inimiga. O Dora não compensou, como rendimento, seu elevadíssimo custo, porém conseguiu efeitos que pareciam impossíveis: fazer voar um depósito de munições, aberto na rocha viva, a 30 metros de profundidade, por exemplo.

Isto foi Sebastopol

Um piloto alemão que participou da conquista de Sebastopol anotou nas páginas de seu diário pessoal uma visão dessa trágica batalha. Eis aqui suas palavras:

– Do ar, Sebastopol parecia um panorama de batalha esboçado por um pintor. Já nas primeiras horas da manhã, o ar estava repleto de aviões que se precipitavam em picada arrojando suas bombas sobre a cidade. Milhares de bombas – mais de 2.400 toneladas de altos explosivos e 23.000 incendiárias – foram descarregadas sobre a cidade e a fortaleza. Uma só incursão demorava, nada menos, que 20 minutos. Quando se atingia a altura necessária, já se estava sobre o alvo.

– Com a fumaça e o pó, em meio ao rugido das explosões, o campo de batalha era praticamente invisível para nossas tropas em terra; elas viam apenas os bombardeiros lançando-se sobre esse inferno. O angustiante piquê dos Stukas e o silvo aterrador que produziam as bombas ao cair, abalavam o ânimo dos mais valentes. As tropas de assalto, expostas ao calor abrasador de um sol ardente, detêm seu avanço durante alguns minutos que, para os defensores, devem parecer uma eternidade. Os russos aferram-se à terra-mãe com obstinação inigualável. Se não lhes resta escapatória, dinamitam seus fortes e redutos e perecem junto com os atacantes.

– A artilharia antiaérea russa foi silenciada logo nos primeiros dias, e por isso o perigo para os aviões é menor que nos portos do Cáucaso ou nos aeródromos russos. Contudo, nossa tarefa em Sebastopol exige o máximo dos homens e do material; 12, 14 ou até 18 ataques diário foram feitos por cada tripulação. Um Junkers 88 com seus tanques de combustível cheios, faz 3 a 4 ataques seguidos, sem que a sua tripulação deixe o aparelho. Isto significa um desgaste tremendo para os aviões e o pessoal da manutenção, esse anônimos soldados que durante muitos dias e noites não tem um só minuto de descanso.

– Sob o estrondar maciço da avalanche de bombas, o fofo da artilharia pesada do Exército, e os disparos do superobus Thor, mesmo a defesa mais desesperada deve finalmente quebrar-se. Dia após dia, o anel do cerco se estreita. Milhares de alemães e russos perecem nos sangrentos combates corpo a corpo. A terra absorve em torrentes o sangue dos desafortunados soldados…

– O único momento em que reina uma breve calma é quando o sol se deita no mar Negro, e seus últimos raios banham a fortaleza e o porto com um resplendor vermelho-sangue… Isto foi Sebastopol, um nome que ainda hoje desperta terríveis lembranças em todos que ali estiveram. Os atacantes e os defensores lutaram igualmente com uma fúria que poucas vezes repetiu-se em toda a guerra.

A última bateria

O último avanço alemão sobre Sebastopol foi precedido por um furacão de fogo e aço. Os atacantes lançaram sobre os defensores da cidade toda a massa dos seus recursos. Tanques, lança-chamas,. Bombas, granadas, tudo foi arrojado sobre as linhas russas, violentamente. Um dilúvio de ferro e fogo se abateu sobre os restos informes das defesas russas. Os aviões alemães, por sua vez, descarregaram implacavelmente todo o poder de suas bombas e metralhadoras. E então, por trás de todo aquele caos de disparos, explosões, lamentos, silvos de bombas, surgiram os carros de assalto. De frente para as linhas alemães se encontrava uma divisão russa. Uma divisão que resistiu firmemente ao ataque alemão. Um a um, seus homens estavam tombando. Companhias inteiras haviam sido tragadas. Batalhões desapareceram. Porém, os restos da divisão não davam um passo atrás. Ao produzir-se o ataque final, ao cair sobre eles uma massa de ferro e fogo, a divisão estava reduzida a 130 homens. Nem um mais. As unidades alemães, avançando cautelosamente se aproximaram daquele punhado de homens. Os russos, por sua vez, agrupando-se, entrincheiraram-se em redor de uma bateria. A última bateria.

O combate desproporcionado, grotesco quase, entre uma força 100 vezes superior, e uma companhia esgotada, travou-se, furioso. Aquilo não podia durar. Era impossível. Não era humano resistir numa proporção de um contra cem. E a ordem chegou: – Abandonar posição! – foi gritada com voz rouca entre o troar dos canhões e o estouro das granadas. Porém, nenhum homem abandonou sua trincheira. Nenhum soldado deu um passo atrás. Todos continuaram carregando e disparando suas armas, ininterruptamente, sem descanso. Nenhum combatente admitiu aquela ordem que podia salvá-los. Todos preferiram morrer combatendo. Três dias e três noites durou aquela luta desproporcional, irreal. Três dias e três noites de sucessivos ataques alemães.

Quando, vencida a resistência dos defensores, os primeiros soldados alemães puseram o pé no reduto, os últimos 40 homens que defendiam a bateria, fizeram-na voar pelos ares. Foi seu último gesto de renúncia. Terminara a epopéia da última bateria.

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20/11/2007 18:49:27
A BATALHA DE STALINGRADO

FONTE:TV CULTURA

LEU LEUTRAIX NEWS

Em 1939, Hitler e Stalin assinam um pacto de não-agressão, e o líder soviético sente-se protegido do ataque germânico. Mas, Hitler quer tomar toda a Europa e comete o erro estratégico de invadir a União Soviética, em 1941.

A princípio, os alemães ganham uma batalha atrás da outra. Na frente oriental, embora com relativo sucesso no início, o exército alemão enfrenta a incansável resistência dos soviéticos. O exército soviético emprega a tática de “terra arrasada”: tudo é retirado por trem e levado para as regiões orientais do país: fábricas, máquinas agrícolas, gado e também a população. O que não pode ser levado é destruído. Isso acaba dificultando seriamente o avanço alemão.

Mesmo sofrendo baixas consideráveis, Hitler ordena que seus comandados “continuem o avanço, até o último homem”. Seu objetivo é apossar-se dos campos petrolíferos do Cáucaso e das indústrias militares de Stalingrado.

Ao chegar a Stalingrado pretendem bloquear o rio Volga, uma artéria vital da economia soviética. Em 3 de setembro de 1942, o general Von Paulus rompe as defesas soviéticas em torno de Stalingrado e entra na cidade. Mas, o povo russo e o Exército Vermelho resistem bravamente aos invasores e, três meses depois, trezentos mil soldados alemães são forçados a render-se, ficando presos durante oito semanas de inverno na cidade em ruínas.

A batalha de Stalingrado comprova a vitória dos russos e dos Aliados e a crueldade de Hitler, que proíbe o general Von Paulus de render-se para salvar seus homens. Quando Von Paulus reconhece que a batalha está perdida, desobedece as ordens do Führer – de lutar até o último homem – e acaba se rendendo. Ele não é o único oficial alemão de alta patente a rebelar-se contra o fanatismo de Hitler. Famintos e castigados pelo frio, os sobreviventes do quarto exército alemão de Von Paulus capitulam em 31 de janeiro de 1943.

Essa vitória muda o curso do Exército Vermelho. Stalin tentara persuadir Churchill e Roosevelt a abrir um novo front ocidental para dispersar os alemães, mas não recebe ajuda quando a Rússia é invadida. Quando finalmente o front ocidental é aberto, com o desembarque na Normandia em junho de 1944, o Exército Vermelho já expulsara os alemães de suas fronteiras.

A batalha de Stalingrado dura cinco meses. Dos trezentos mil soldados alemães, noventa mil morrem de frio e fome e mais de cem mil são mortos nas três semanas anteriores à rendição.

O povo soviético também paga caro por seu triunfo contra a barbárie de Hitler. Vinte milhões de vidas são perdidas, quase metade do número global de mortes de toda a guerra. Mas Stalin teve novas oportunidades com as conquistas inesperadas. Todos os países libertados pelo Exército Vermelho são englobados na zona de influência soviética. É o início de uma nova ordem mundial.

Começava aí o recuo nazista, enquanto o exército soviético ia avançando sobre as zonas ocupadas. Conseguiu retomar a Bulgária, a Hungria, a Tchecoslováquia, a Polônia e a Finlândia e marchou com decisão sobre a fronteira oriental da Alemanha.

Enquanto isso, o ataque combinado de ingleses e americanos libertou a França, os Países Baixos e a Bélgica, fechando o cerco a Hitler pela frente ocidental

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